20 de jun. de 2014

Inexorável tempo!



"Nestes jardins - há vinte anos - andaram nossos muitos passos,
e aqueles que então éramos se contemplaram nestes lagos."


Foto: Mário Martins



Foto: Mário Martins





(E não foram vinte anos, mas cinquenta e sete!)


 "E se alguém de nós avistasse o que seríamos com o tempo,
todos nós choraríamos, de mútua pena e susto imenso."







"E Assim nos separamos, suspirando dias futuros,
e nenhum se atrevia a desvelar seus próprios mundos."









"E agora que separados vivemos o que foi vivido,
com doce amor choramos quem fomos nesse tempo antigo."












Vejam aqui análise literária do poema "O tempo no jardim", por Jussara Neves Rezende

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16 de jun. de 2014

Perdão, poeta!



Meus queridos, cometi um equívoco de autoria no post “Às voltas com o bruxo”; e para me redimir com Vinícius de Moraes, que está lá nas estrelas vigiando a minha ignorância, publico o seu “Poema enjoadinho”, de cujos 4 primeiros versos cometi uma paródia.





Poema enjoadinho

Filhos… Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete…
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los…
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem shampoo
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!


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